1 de nov. de 2008

O que diz minha preferida


Não tenho razão especial para considerar esta uma de minhas fotos preferidas. Apenas sinto um apreço especial por ela. A propósito, é esta imagem o pano de fundo do meu notebook. Fiz esta foto com uma câmera digital simples, sem muitos recursos. Não usei flash e como de praxe, preferi fotografar em pretro e branco.

- Isto parece um cativeiro! Foi o que me disseram certa vez. Sinceramente, não vejo por este lado, embora a associação faça sentido. Ela me lembra muito mais a alegoria da caverna de Platão que um cativeiro. Na pior das hipóteses, ver a luz ao final do corredor e mesmo assim não ter condições de se postar em pé para seguir em frente.

Ver o mundo te sufocando e não ter ninguém para lhe estender a mão. Não ter forças para levantar, nem voz para gritar por ajuda. Ter consciência que é possível recomeçar a partir da janela escancarada a sua frente, mas mesmo assim, sentir-se incapaz de sair do lugar comum.

No fundo, essa imagem me diz que é possível. Sempre. O Grêmio tem o pior time dos cinco primeiros colocados do Brasileirão mas ainda assim pode sagrar-se campeão. A crise mundial por mais avassaladora que seja pode trazer esperança de renovação e de melhorias para todos. O aquecimento global é irreversível, mas ainda assim, é preciso ter esperanças e noção que uma atitude coletiva pode, no mínimo, estancar esse avanço e garantir um tempo precioso de vida às futuras gerações.

Em suma, é preciso ter fé.

Um comentário:

Unknown disse...

Essa imagem também me passa a idéia de possibilidade de futuro, não de cativeiro. Vai ver eu não sou tão pessimista como falam...

Mas o que eu queria dizer é que esse texto até parece do David Coimbra e me fez lembrar aquela discussão tua com o professor sobre os "textos de botequim"...