Não gosto de dirigir. Ponto. Não acho legal escancarar de vez e sair conjugando o verbo odiar. Não gostar é mais simpático. Mais educado. E convenhamos, odiar algo, alguma coisa ou alguém é feio. Mas o fato é que evito o quanto puder sentar na direção de um carro. Saber que pedal serve para que e onde se encaixa cada marcha ainda é um exercício decorado. Ultrajantemente chato.
Na última semana, dois momentos ajudaram a endossar minha ojeriza em dirigir veículos automotores. Primeiro, estive envolvido em um pequeno acidente. Graças a Maomé, nada sério, embora o parabrisa do ônibus tenha virado pó e chovia cascalhos na hora. Segundo, assisti uma cena dantesca envolvendo o motorista de uma caminhoneta e um ciclista. Ai vai.
Caminhava descompromissadamente pensando o que me esperava para o almoço. A barriga fazia aquelas barulhos estranhos de quando se está com muita fome. Assim, do nada, vi-me tentando atravessar uma rua. Coisa simples. Umas quinze passadas e estaria do outro lado. Mas ai foi carro pra lá, moto pra cá. Não consegui atravessar.
Optei, por descer até a esquina de baixo, e tentar por lá, atravessar a bendita rua. Um caminhão enorme encontrava-se estacionando. Nos poucos segundos que tive para raciocinar e tomar uma decisão, resolvi pegar o sentido do meio da rua. Seguir meu caminho lado a lado com o caminhão e o fluxo de veículos. Assoviava. Fiu-fiu-fiu. Mãos no bolso.
Cheguei próximo a um quebra-mola. Então, aconteceu. Um ato selvagem. Uma caminhoneta e uma bicicleta vinham em minha direção. De repente, o motorista da caminhoneta, simplesmente, jogou o veículo pra cima do ciclista. Para complicar, o cara da bicicleta trazia outro cara na carona. Foi instantâneo. Paralizei. O cara da bicicleta bambeou para um lado e outro.
Incrivelmente, ambos: o cara da bicicleta e o motorista da caminhoneta conseguiram trocar ofensas. E pior, usando apenas uma das mãos para controlar seus veículos. Passaram por mim como se nada tivesse acontecido. E eu paralizado. Voltei a caminhar por insinto, pensando e pensando:
E se o cara da bicicleta tivesse perdido o controle da mesma e se chocado contra o caminhão? Pior: e se tivesse no descontrole do momento vindo em minha direção? E se o condutor da caminhoneta não tivesse conseguindo voltar o voltante a tempo e tivesse batido no caminhão, na bicicleta e em mim. Cruz credo.
Tive medo de encarar o trânsito. Meu pai vive reclamando dos outros motoristas enquanto dirige. A impressão que se tem é que todos tem razão. Todos sabem o que estão fazendo e mais, é o certo. São os donos do asfalto e irredutivelmente intocáveis. Depois reclamam ou riem baixinho, quando extravaso minha antipatia em dirigir. Respeito é bom em todo lugar. No trânsito, em casa, no trabalho e com aqueles que detestam (ops, um sinônimo de odiar) dirigir.
Na última semana, dois momentos ajudaram a endossar minha ojeriza em dirigir veículos automotores. Primeiro, estive envolvido em um pequeno acidente. Graças a Maomé, nada sério, embora o parabrisa do ônibus tenha virado pó e chovia cascalhos na hora. Segundo, assisti uma cena dantesca envolvendo o motorista de uma caminhoneta e um ciclista. Ai vai.
Caminhava descompromissadamente pensando o que me esperava para o almoço. A barriga fazia aquelas barulhos estranhos de quando se está com muita fome. Assim, do nada, vi-me tentando atravessar uma rua. Coisa simples. Umas quinze passadas e estaria do outro lado. Mas ai foi carro pra lá, moto pra cá. Não consegui atravessar.
Optei, por descer até a esquina de baixo, e tentar por lá, atravessar a bendita rua. Um caminhão enorme encontrava-se estacionando. Nos poucos segundos que tive para raciocinar e tomar uma decisão, resolvi pegar o sentido do meio da rua. Seguir meu caminho lado a lado com o caminhão e o fluxo de veículos. Assoviava. Fiu-fiu-fiu. Mãos no bolso.
Cheguei próximo a um quebra-mola. Então, aconteceu. Um ato selvagem. Uma caminhoneta e uma bicicleta vinham em minha direção. De repente, o motorista da caminhoneta, simplesmente, jogou o veículo pra cima do ciclista. Para complicar, o cara da bicicleta trazia outro cara na carona. Foi instantâneo. Paralizei. O cara da bicicleta bambeou para um lado e outro.
Incrivelmente, ambos: o cara da bicicleta e o motorista da caminhoneta conseguiram trocar ofensas. E pior, usando apenas uma das mãos para controlar seus veículos. Passaram por mim como se nada tivesse acontecido. E eu paralizado. Voltei a caminhar por insinto, pensando e pensando:
E se o cara da bicicleta tivesse perdido o controle da mesma e se chocado contra o caminhão? Pior: e se tivesse no descontrole do momento vindo em minha direção? E se o condutor da caminhoneta não tivesse conseguindo voltar o voltante a tempo e tivesse batido no caminhão, na bicicleta e em mim. Cruz credo.
Tive medo de encarar o trânsito. Meu pai vive reclamando dos outros motoristas enquanto dirige. A impressão que se tem é que todos tem razão. Todos sabem o que estão fazendo e mais, é o certo. São os donos do asfalto e irredutivelmente intocáveis. Depois reclamam ou riem baixinho, quando extravaso minha antipatia em dirigir. Respeito é bom em todo lugar. No trânsito, em casa, no trabalho e com aqueles que detestam (ops, um sinônimo de odiar) dirigir.
Obrigado.
Um comentário:
Graças a Maomé...
Virou muçulmano?
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