As melhores entrevistas do Jô são com autores de livros. Livros. Sempre tive vontade de escrever um. A bem da verdade esse ainda é um sonho. Talvez um dia. É preciso ter fé. Quando fui a Brasília conhecer o Congresso e o Senado e o funcionamento de alguns dos seus setores de comunicação, tão logo tive uma folga na agenda, resolvi ir ao cinema. Outra paixão. Precisava assistir o novo James Bond. Com tempo de sobra até a sessão legendada do filme – dublado não dá – coloquei meus pezinhos calçados com uma alpargata jeans rumo a primeira livraria que encontrei.
Esbaldei-me. Literalmente. Horas e horas mexericando e lendo e procurando. E o cheiro dos livros, a textura das capas. Que tentação meu Deus, que tentação. Reuni uma pilha embaixo do braço e sentei numa poltrona de couro preta. Ultra confortável. Tava me sentindo. Li uma barbaridade. Selecionei o que me interessava, fiz um cálculo rápido para saber se teria condições financeiras de arcar com a despesa e enfim, sai com uma sacola cheia de livros.
Entretanto, sou um ser raro. Pelo menos sinto-me como um cara quase em extinção. Ninguém lê. Ou parece não ler. Ou, então faz como nos filmes. Pouco antes de dormir, vestindo daqueles pijamas azuis marinho com uma listra branca na borda e de óculos de grau no rosto. Duas páginas de leitura e nada mais. Só pode. Se pudesse carregaria um livro para todo lugar. Cinco minutos de ócio bastam para uma lidinha básica.
Coloquei meu nome numa lista de amigo secreto. Eu e mais umas vinte mulheres. Relutei antes de aceitar o convite, afinal, dar presente para uma mulher é uma das tarefas mais difíceis que conheço. Sofro um bocado só de pensar. As gurias me disseram que poderia escolher minha preferência para o presente. Foi instantâneo: quero um livro. Mais um.
Até sugeri: quero esse aqui ó. Não sei se entenderam. Estou até com receio. Será que vão aceitar. Será que vão comprar um livro bacana, que mereça uma posição de respeito na minha biblioteca particular. Só de pensar naqueles livros chatérrimos de auto ajuda sinto a sobrancelha se ouriçar. Deus me livre. Quero um livro que valha a pena. Tem tanta coisa boa por aí. Confio nas meninas, elas tem de ter bom gosto. É só um simples livro. Um simples livro.
Esbaldei-me. Literalmente. Horas e horas mexericando e lendo e procurando. E o cheiro dos livros, a textura das capas. Que tentação meu Deus, que tentação. Reuni uma pilha embaixo do braço e sentei numa poltrona de couro preta. Ultra confortável. Tava me sentindo. Li uma barbaridade. Selecionei o que me interessava, fiz um cálculo rápido para saber se teria condições financeiras de arcar com a despesa e enfim, sai com uma sacola cheia de livros.
Entretanto, sou um ser raro. Pelo menos sinto-me como um cara quase em extinção. Ninguém lê. Ou parece não ler. Ou, então faz como nos filmes. Pouco antes de dormir, vestindo daqueles pijamas azuis marinho com uma listra branca na borda e de óculos de grau no rosto. Duas páginas de leitura e nada mais. Só pode. Se pudesse carregaria um livro para todo lugar. Cinco minutos de ócio bastam para uma lidinha básica.
Coloquei meu nome numa lista de amigo secreto. Eu e mais umas vinte mulheres. Relutei antes de aceitar o convite, afinal, dar presente para uma mulher é uma das tarefas mais difíceis que conheço. Sofro um bocado só de pensar. As gurias me disseram que poderia escolher minha preferência para o presente. Foi instantâneo: quero um livro. Mais um.
Até sugeri: quero esse aqui ó. Não sei se entenderam. Estou até com receio. Será que vão aceitar. Será que vão comprar um livro bacana, que mereça uma posição de respeito na minha biblioteca particular. Só de pensar naqueles livros chatérrimos de auto ajuda sinto a sobrancelha se ouriçar. Deus me livre. Quero um livro que valha a pena. Tem tanta coisa boa por aí. Confio nas meninas, elas tem de ter bom gosto. É só um simples livro. Um simples livro.
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