Até ontem só se falava em relações humanas. Não só por intermédio da boca e da língua, mas pelo tato. Sentimento em estado bruto. Contato, pele e afins. Algo mais direto, deveras calculista e embrenhado num misto entre razão e emoção. Entretanto, os avanços provocados pela tecnologia fizeram emergir novas tendências, que de tão novas passaram despercebidas por uma significativa parcela de “humanóides” mundo afora. Entre as aulas de datilografia das tardes de quarta-feira, um estalar de dedos foi suficiente para que um aparelho celular se transformasse em emissor e receptor de mensagens e informação.
Will Smith foi protagonista de “Eu, Robô” e o máximo que a maioria dos humanos falou foi: “Legal”. Alguns alimentaram o mercado da pirataria, outros se esbaldaram com pipoca de microondas e coca-cola nos cinemas e alguns ainda conseguiram tirar um ronco no sofá assistindo o filme na Tela Quente. De resto, pouco ou nada se soube da existência de teorias malucas como a do matemático Vernon Verge, e que trata justamente do tema pós-humano, além de possuir semelhanças tocantes com o roteiro apresentado no filme.
Verge garante na sua arrebatadora teoria que estamos (os seres humanos) no limiar de uma mudança comparável ao surgimento da vida na terra, com a criação iminente de entidades com inteligência maior que a humana. O que cabe ressaltar é que essa suposta criação está ligada diretamente aos avanços promovidos pelo desenvolvimento do ser humano enquanto cientista, pesquisador, etc. Em linhas gerais, a criatura se virando contra o criador. Apenas a título de comparação: o homem inventou a roda, colocou animais para mover a maquinária toda, e posteriormente, despendeu tempo para criar uma tecnologia que o levasse de um lugar a outro no menor tempo possível: bicicletas, motocicletas, automóveis, etc.
O matemático continua sua tese afirmando que desenvolvimentos que até bem pouco pensaríamos só ocorrer em “um milhão de anos” estão por acontecer ainda neste século. Segundo ele, "o ponto em que uma nova realidade passará a governar o mundo". A propósito, Verge deve ter saltitado de emoção ao assistir “Eu, Robô”. A relação é tragicômica se comparada com outra obra de ficção: Homem Bicentenário, estrelado por Robin Willians. Um robô com traços humanos, capaz de se apaixonar, e que no fim das contas descobre que precisa morrer. Seria um preságio dos novos tempos pós-humanos ou um recado para termos cuidado com os barulhos noturnos da cafeteira?
A própria relação entre homem e máquina parece se estreitar a cada novo amanhecer. O sol continua lindo do lado de fora, mas na tela do computador não incorre em maiores riscos para a saúde. Câncer de pele só existe depois de ultrapassar a porta de casa. Não existem raios ultra violeta, muito menos riscos a camada de ozônio no sol que estampa o plano de fundo do computador. Algumas correntes de pensamento defendem que o corpo humano é uma máquina obsoleta, necessita e deve ser trocada por uma nova em folha. Algo semelhante a se trocar um hard disk de computador. Quem se habilita?
Via de regra, a teoria mais controversa sobre o pós-humanismo data de 1977. Nela o intelectual americano de origem egípcia, Ihab Hassan apostava suas fichas em afirmar que o pós-humano estaria associado ao recorrente "ódio do homem por si mesmo". Talvez desta forma se justifique o extremismo individualista que assola o mundo de hoje, conseqüência de anos de revoluções e descobertas que de tão tolas mudaram os rumos da humanidade e conseguiram instaurar dúvidas sobre os valores humanos existentes. Por consequência, elucida questionamentos sobre o "ser humano" e sua relação com o mundo virtual.
Se Graham Bell soubesse o que seria do seu invento nos dias de hoje, será que faria do mesmo jeitinho que fizera. Pior, será que o mesmo Bell estará nos livros de história daqui 20 ou 30 anos? Ainda mais alarmante é pensar que “livro de história” pode virar apenas um verbete de um tempo imemoriável e que de tão saudoso poucos hão de lembrar. Talvez tenhamos chips nos lugares dos nossos desgastados e obsoletos corpos humanos, como apregoam alguns xiitas, e através deles poderemos recuperar arquivos há muito esquecidos. Talvez, o simples fato de se levantar provocações sobre o assunto, determinem sua falta - ou não - de veracidade.
O matemático continua sua tese afirmando que desenvolvimentos que até bem pouco pensaríamos só ocorrer em “um milhão de anos” estão por acontecer ainda neste século. Segundo ele, "o ponto em que uma nova realidade passará a governar o mundo". A propósito, Verge deve ter saltitado de emoção ao assistir “Eu, Robô”. A relação é tragicômica se comparada com outra obra de ficção: Homem Bicentenário, estrelado por Robin Willians. Um robô com traços humanos, capaz de se apaixonar, e que no fim das contas descobre que precisa morrer. Seria um preságio dos novos tempos pós-humanos ou um recado para termos cuidado com os barulhos noturnos da cafeteira?
A própria relação entre homem e máquina parece se estreitar a cada novo amanhecer. O sol continua lindo do lado de fora, mas na tela do computador não incorre em maiores riscos para a saúde. Câncer de pele só existe depois de ultrapassar a porta de casa. Não existem raios ultra violeta, muito menos riscos a camada de ozônio no sol que estampa o plano de fundo do computador. Algumas correntes de pensamento defendem que o corpo humano é uma máquina obsoleta, necessita e deve ser trocada por uma nova em folha. Algo semelhante a se trocar um hard disk de computador. Quem se habilita?
Via de regra, a teoria mais controversa sobre o pós-humanismo data de 1977. Nela o intelectual americano de origem egípcia, Ihab Hassan apostava suas fichas em afirmar que o pós-humano estaria associado ao recorrente "ódio do homem por si mesmo". Talvez desta forma se justifique o extremismo individualista que assola o mundo de hoje, conseqüência de anos de revoluções e descobertas que de tão tolas mudaram os rumos da humanidade e conseguiram instaurar dúvidas sobre os valores humanos existentes. Por consequência, elucida questionamentos sobre o "ser humano" e sua relação com o mundo virtual.
Se Graham Bell soubesse o que seria do seu invento nos dias de hoje, será que faria do mesmo jeitinho que fizera. Pior, será que o mesmo Bell estará nos livros de história daqui 20 ou 30 anos? Ainda mais alarmante é pensar que “livro de história” pode virar apenas um verbete de um tempo imemoriável e que de tão saudoso poucos hão de lembrar. Talvez tenhamos chips nos lugares dos nossos desgastados e obsoletos corpos humanos, como apregoam alguns xiitas, e através deles poderemos recuperar arquivos há muito esquecidos. Talvez, o simples fato de se levantar provocações sobre o assunto, determinem sua falta - ou não - de veracidade.
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