Oh Yeon Ho entrou pra história do mesmo modo que outros tantos antes ou depois dele: criou um legado para gerações futuras, principalmente no que se refere ao campo da comunicação social. O jornalista coreano fundou em 2000 o site OhmyNews permitindo a todo e qualquer habitante do seus país o envio e publicação de artigos noticiosos. Primeiro: valeu-se de uma mídia em ascensão para fazer jornalismo. Segundo: transformou todo cidadão em repórter potencial, independente do seu grau de escolaridade.
A “brincadeira” de Yeon Ho obviamente trouxe melhorias ao povo do seu país. Muitas das mazelas sociais que afligiam o povo coreano e que estavam ausentes dos jornais impressos vieram à tona. A história ganhava novos atores. Todo cidadão deixava a condição omissa de coadjuvante para enveredar-se nas entranhas da comunicação. “Todo cidadão é um repórter”. Salve Yeon Ho e mil vivas para o jornalismo colaborativo, tão em voga passados oitos anos da criação do jornalista de olhos puxados.
A “brincadeira” de Yeon Ho obviamente trouxe melhorias ao povo do seu país. Muitas das mazelas sociais que afligiam o povo coreano e que estavam ausentes dos jornais impressos vieram à tona. A história ganhava novos atores. Todo cidadão deixava a condição omissa de coadjuvante para enveredar-se nas entranhas da comunicação. “Todo cidadão é um repórter”. Salve Yeon Ho e mil vivas para o jornalismo colaborativo, tão em voga passados oitos anos da criação do jornalista de olhos puxados.
A iniciativa mostrou ao mundo as falhas existentes na cobertura jornalística, dando brechas para novas/velhas discussões sobre a profissão. Vale lembrar a situação instaurada no país atualmente sobre a legalidade do diploma. Exposta e indefesa a prática jornalística ficou refém de velhos paradigmas, enquanto a tecnologia mostrava-se cada dia mais capaz de se adaptar aos efeitos da globalização. Desamparada a caravela seguiu para o mar.
Não houve tempo para um revide. O conservadorismo bateu o martelo diante do ímpeto jovial e devastador das novas mídias. Como se dissesse: “Não vai nos derrubar. O rádio, veja só, continua forte mesmo com o advento da televisão. Assim será com os jornais impressos e assim será com o profissional da área jornalística”. De quebra todo e qualquer cidadão ganhou status de repórter, como num passe de mágica. Viva a democratização.
Entretanto, o que se pergunta é: Qual profissional? O amparado pela falta de leis que regularizam a profissão e por isso mesmo propagam o senso comum como verdade absoluta e fidedigna ante o confronto das fontes, aquele que passa quatro anos (ou mais) de sua vida dentro de uma instituição e na prática, mais parece uma ovelhinha indefesa em meio aos leões, ou aquele outro que munido de um aparelho celular ou câmera digital descobre-se “o jornalista” e – quase sem querer – põe mais areia neste caldo amargo.
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Para mais informações sobre a luta dos jornalistas para regularização da profissão no congresso nacional, acesse o Site da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ
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2 comentários:
Bem interessante a idéia do coreano e muito espinhenta essa questão da regularização da profissão de jornalista. Nem sempre o cidadão que estudou e tem diploma possui qualidades para ser um bom jornalista. Além mais, diante de escândalos como o do jornalista do NYT que inventava notícias e a tropa dita jornalista que apenas dá CTRL C + CTRL V, exigir diploma não é o foco principal para regularizar a profissão.
A questão do bom profissional está ligada a toda e qualquer profissão. Maus profissionais existem em qualquer área de atuação.
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