2 de nov. de 2010

Compromissos em excesso

Receio pelo número abusivo de compromissos firmado pela recém eleita presidente, Dilma Roussef, durante a campanha eleitoral que a consagrou como a primeira mulher a ocupar – a partir de janeiro próximo – o cargo máximo da democracia brasileira.

A cada nova oportunidade, seja nos improdutivos debates na televisão ou em esguias e supérfluas entrevistas concedidas para a imprensa, à candidata petista aparecia com um novo “compromisso” com o povo e o país. Para qualquer que fosse o tema, Dilma notadamente, em algum momento de sua fala, aparecia com algo do tipo: “tenho o compromisso de”, ou, “este é meu compromisso...”. 

Dilma Roussef tem "documento de compromissos" com país
Convenhamos, não precisava exagerar tanto em firmar novos compromissos. Ainda que eleita presidente, Dilma não tem super poderes e não é, e nunca vai ser, igual ou semelhante à Lula. Não havia necessidade alguma, portanto, de se tentar através do firmamento de tantos compromissos, seja com saúde, educação, segurança pública, saneamento básico, erradicação da pobreza, entre outros, demonstrar ter capacidade para solucionar os problemas do país.

A propósito, não é preciso ser dotado de muita inteligência para se saber que a nova presidente não vai resolver os problemas, sejam eles emergências ou não, do Brasil de uma só vez, ou num estalar de dedos. Terá, sim, de trabalhar para fazer jus a popularidade conquistada na rabeira de seu antecessor e criador.

Parafraseando o escrito pelo articulista do jornal A TARDE, Samuel Celestino: o discurso inaugural depois de eleita de Dilma é um “documento de compromissos” para com a nação, e com importância inquestionável. O que preocupa, tão somente, são os excessos e o quanto essa mania em firmar compromissos pode afetar o modus operandi do futuro governo de Dilma Roussef

Janeiro não tarda.


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