19 de mar. de 2009

Mãe

Minha querida mãe, hoje faz companhia aos mais belos e lindos anjos dos céus. Abaixo, um texto escrito para o dia das mães passado. Mensagem a todos que por razão ou outra estejam pouco afastados de suas mamães. Nunca é tarde para um beijo gordo, um abraço apertado e um eu te amo ao pé do ouvido.

Foto: Anton Roos (09/07/08 - Aniversário)

Certa vez, um amigo confidenciou enquanto observávamos as estrelas sentados em cadeiras de balanço: Cara, aproveita a presença da tua mãe enquanto a tens junto de ti. Continuei a observar a imensidão negra do céu e seus pontinhos iluminados, partir de então, refletindo sobre aquela afirmativa. Esse amigo, perdera a mãe vitima de doença maligna cerca de um ano antes. Falou dos momentos de sofrimento que passou depois da perda de sua genitora. Achei melhor não pensar no pior.

Tempos depois, estava em casa, e de certa forma, aquele horário de almoço tinha todos ingredientes para ser apenas mais um. Minha querida mãe, voltava de uma consulta médica, ainda incrédula. Estava doente e precisava se tratar. Minha primeira reação, foi fugir daquela realidade. Refugiei-me num mundo onde não existem atrocidades e nem perdas deste quilate. Falei com meu amigo sobre minha preocupação.

Não foram poucas as vezes que falamos sobre o assunto. Talvez ele tenha sido a única pessoa com quem conversei a respeito. Mas não tinha para onde fugir. Mamãe precisava de cuidados especiais. Tinha medo quando a via cabisbaixa e com lágrimas nos olhos. Assim, deixei as coisas acontecerem. Sempre fugindo e evitando emoções mais fortes. Foi a maneira que encontrei para enfrentar a situação.

Em pouco tempo, percebi a grandeza da minha mãe e o quão valioso é o abraço, o carinho e o “eu te amo” dito por ela. Aprendi o valor daquilo que conversara com meu amigo sentado em uma cadeira de balanço. Minha mãe se mostrou forte e vencedora. Buscou forças onde as esperanças esvaiam-se. Uma heroína. Percebi em poucos meses distante dela, o quanto ela me faz falta e o quanto preciso dela.
E saber que durante todos esses anos, tive vergonha de olhar nos olhos da minha mãe e dizer: eu te amo. Senti-me um completo idiota pela vez que não permiti que ela fosse a uma festa comigo, porque achava aquilo um absurdo, algo cafona. Onde já se viu uma mãe no meio da galera, pensei. Cresci, aprendi, e vi o mesmo se repetir. E o amor de todas outras mães? Intacto. Inabalável. Amor de mãe. Daquele que não tem igual.

As vésperas de mais um dia das mães, conto os dias para abraçá-la e dizer-lhe o quanto a amo. Por que na vida, não se pode deixar para depois, ou para os amanhãs o que se pode fazer ou dizer hoje. Ame de todo coração. A sua e as demais mães desse mundo. Mãe é mãe, já diz o ditado. Pra toda vida, pra sempre. Para te proteger, te ouvir, te aconselhar, e claro, te amar. Obrigado mãe.

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