29 de mar. de 2009

Decepção

Foto: Anton Roos

Pedi auxílio e socorro para o meu velho dicionário em pedaços. Decepção era a palavra que procurava. Precisava definir o que sentia, ou achava sentir. Uma resposta. Será que tudo se justifica por malograr-se e mais nada. Desiludir-se. Pensei em razões que fizesse salutar a tal decepção. Por fim, não encontrei.

A bem da verdade não há. Esse é o ponto. Decepcionar-se com algo ou alguém ou alguma coisa é tudo, menos permanente. A decepção é puramente particular, dado àquilo que se crê e se considera em relação ao mundo, a vida, a sociedade e "talecoisa". Melhor: é algo momentâneo e evasivo.

O fato de se considerar decepcionado com alguém, por exemplo, exprime o que se quer ou se projeta sobre o mundo, não o que de fato a outra pessoa é. E não se pode querer que os outros sejam aquilo que você quer que elas sejam. Não se pode. De jeito nenhum. Decepção não deveria existir, talvez uns tombos como forma de aprendizado. Mas decepção não. Isso não.

22 de mar. de 2009

Por onde anda

[ Foto: Anton Roos / Natal 2008. O último ao lado de mamãe ]


Desde a última quinta-feira, 12, meu poder de concentração sumiu. A fragmentada notícia recebida por telefone, transformou aquela noite e os dias sequentes em um martírio e uma incerteza sem fim. Tanto que acumulei tentativas frustradas de escrever. Telas e mais telas em branco. O vazio. A saber, planejava rabiscar essas linhas acerca do complexo e delicado caso dos trailers da Praça Sergio Alvim Motta, mas deparei-me com uma situação tão avassaladora e íntima que me vi com a inspiração ceifada.

Todo ser humano por mais casca grossa que tente transparecer, mais dia menos dia se verá em vias de perder um ente querido. Creio por pura e completa suposição, que as perdas repentinas sejam as mais cruéis. E não me resta nada além de solidarizar-me com a dor destas pessoas. Nessa hora, enquanto as engrenagens desse sistema aniquilador de vidas segue sua marcha, penso no rombo no coração de um pai e mãe que perdem o filho querido em um acidente de trânsito, quiçá, causado por embriaguez. Atropelamento, bala perdida, uma doença rara e com mínimas chances de cura. Pessoas as quais não é conferido um tempo, por menor que seja para dizer o quanto se preza e ama aquele que vai.

E mais: penso em tantos desaparecimentos repentinos e, a luz da emoção, tidos como injustos que me faltam argumentos e talvez força para externar o que, de fato, gostaria com este artigo. Durante esses dias de aflição e angústia, sentado ao lado do leito de minha querida mãe, ao passo que procurava alguma migalha de esperança no fim do túnel, via com olhos de pesar o que é – e em que se tornara – o bicho homem.

Em alguns momentos me perguntava: por onde anda o amor? Em cada quarto do hospital era – e é – possível perceber a aflição de homens e mulheres abandonados pelos seus. Dependentes da boa vontade de seres abençoados e gratuitamente amorosos. Voluntários. Pessoas travestidas como anjos. Dotadas de uma capacidade sobrenatural de energizar positivamente qualquer ambiente, por mais funesto que pareça. Mas no fim das contas, ainda pouco ante a avalanche de mazelas sofridas pelo homem.

Enquanto admirava o incrível dom desses anjos, sentia-me impotente. Como nunca antes em toda minha vida. Em tempo e com vontade de arrancar o câncer que se alastra pelo corpo de minha mãe. Com vontade de chorar de tanto amar. Por saber que amanhã tudo pode se resumir a lembranças. Por saber que mãe só existe uma e dela devemos cuidar e zelar todos os dias. Até o último.

Mas no fundo o que mais me angustia é saber que sou culpado direto por esse mundo estar do jeito que esta. Não só eu, como cada um de nós. Cúmplices de um sistema violento e que não poupa ninguém. Um mundo doente refletido no corpo de milhares de homens, mulheres e crianças espalhadas pelo globo. Um mundo que exige trabalho, esforço e dedicação integrais.

Um mundo que mata, mas ainda respira. E aqui e acolá reflete o desejo de paz de cada um de nós. Mesmo que esse ande escondido ou esquecido. O desejo de correr em campo aberto com os braços estendidos. Ir de encontro ao mar e gritar em nome da liberdade e da vida. Adentrar o salão de festas para encontrar a mulher mais linda de todas e a convidar para dançar. Somente para depois do último acorde e do último passo, olhar-lhe nos olhos dizer-lhe com o coração: eu te amo mãe querida.
---
Artigo publicado para a coluna "Ponto de Vista" do Jornal Classe A de Luis Eduardo Magalhães/BA, Edição nº128 de 21 de março

Panis at circenses

Na Roma antiga a política do “pão e circo” consistia em dar ao povo alimento e diversão a fim de evitar possíveis revoltas provindas das camadas mais pobres. A escravidão, àquela época, forçou a população das zonas rurais a migrar para a metrópole em busca de melhores condições para sua sobrevivência. O inchaço populacional teve como consequência imediata o desemprego. Era a deixa para o imperador instaurar o “panis at circenses”.

Quase todas as noites os estádios ficavam abarrotados de pessoas para assistir as sangrentas batalhas entre os gladiadores, além de terem a oportunidade de se empanturrarem com comida. Deste modo o Estado mantinha a plebe afastada da política e das questões sociais. Com isso o povo era facilmente manipulado, permanecendo inerente às decisões do governo romano.

Fazer qualquer tipo de associação entre os tempos do Império Romano e os dias atuais é demasiado perigoso, embora todo político deva ter assistido aulas de reforço em política do pão e circo. Afinal, para que ela surta o efeito desejado é preciso se adaptar os conceitos originais a realidade vivida. A crise que atormenta o casco das grandes potências mundiais e que parece ainda não ter aportado – pra valer – em terra brasilis deve trazer mudanças à ementa do curso. Haverá de se encontrar um jeito de manter a massa distante das ruas em sinal de protesto. E estes haverão de ser coibidos com violência. Praxe.

A lógica por mais redundante que seja é simples: barriga cheia, um teto para se guardar, um emprego que lhe sustente, e um pingo de diversão. Somam-se a isso os deveres do Estado para com saúde, segurança, educação e pronto. Infelizmente, o ser humano não foi lapidado a sentir necessidade de conhecer (ter “real conhecimento” sobre) o mundo que vive. Não é preciso compreender como a roda gira. Basta saber que ela gira e continuará girando. É piegas, mas é fato.

Ser palhaço não é mais exclusividade de poucos privilegiados e dotados de absoluta capacidade em fazer rir. O termo ganhou conotação pejorativa ao longo dos anos. Todo e qualquer um se transforma em “palhaço” com um estalar de dedos: a assinatura de importante medida; uma declaração feita em horário nobre e assim por diante. A profissão desgastou-se. Os grandes palhaços jazem esquecidos no subconsciente coletivo. Por fim nos tornamos os grandes palhaços da pós-modernidade. O público que assiste as atrocidades na terra batida do Coliseu e aplaude de pé as migalhas que chegam.

Mil vivas para Ronaldo Fenômeno.

Não há consenso na voz que eclode na multidão. Todos querem dizer alguma coisa e ao mesmo tempo. A ociosidade gerada pelo desemprego imbuiu nos americanos a vontade de possuírem seu próprio diário de bordo. A internet e os blogs fazem as honras da massa sedenta, faminta e angustiada nesses dias tão estranhos. Imagine se todos os romanos presentes em uma noite de entretenimento tivessem voz ativa para falarem o que bem quisessem. Seria a contemplação do caos. Pergunto: será isso o que nos reserva o dia de amanhã? Por essas e outras, o panis at circenses dos tempos da Roma antiga está – e continuará – nas entrelinhas de nossas vidas. Mesmo a contra gosto.
---
Artigo publicado para a coluna "Ponto de Vista" do Jornal Classe A de Luis Eduardo Magalhães/BA, Edição nº127 de 14 de março

19 de mar. de 2009

Mãe

Minha querida mãe, hoje faz companhia aos mais belos e lindos anjos dos céus. Abaixo, um texto escrito para o dia das mães passado. Mensagem a todos que por razão ou outra estejam pouco afastados de suas mamães. Nunca é tarde para um beijo gordo, um abraço apertado e um eu te amo ao pé do ouvido.

Foto: Anton Roos (09/07/08 - Aniversário)

Certa vez, um amigo confidenciou enquanto observávamos as estrelas sentados em cadeiras de balanço: Cara, aproveita a presença da tua mãe enquanto a tens junto de ti. Continuei a observar a imensidão negra do céu e seus pontinhos iluminados, partir de então, refletindo sobre aquela afirmativa. Esse amigo, perdera a mãe vitima de doença maligna cerca de um ano antes. Falou dos momentos de sofrimento que passou depois da perda de sua genitora. Achei melhor não pensar no pior.

Tempos depois, estava em casa, e de certa forma, aquele horário de almoço tinha todos ingredientes para ser apenas mais um. Minha querida mãe, voltava de uma consulta médica, ainda incrédula. Estava doente e precisava se tratar. Minha primeira reação, foi fugir daquela realidade. Refugiei-me num mundo onde não existem atrocidades e nem perdas deste quilate. Falei com meu amigo sobre minha preocupação.

Não foram poucas as vezes que falamos sobre o assunto. Talvez ele tenha sido a única pessoa com quem conversei a respeito. Mas não tinha para onde fugir. Mamãe precisava de cuidados especiais. Tinha medo quando a via cabisbaixa e com lágrimas nos olhos. Assim, deixei as coisas acontecerem. Sempre fugindo e evitando emoções mais fortes. Foi a maneira que encontrei para enfrentar a situação.

Em pouco tempo, percebi a grandeza da minha mãe e o quão valioso é o abraço, o carinho e o “eu te amo” dito por ela. Aprendi o valor daquilo que conversara com meu amigo sentado em uma cadeira de balanço. Minha mãe se mostrou forte e vencedora. Buscou forças onde as esperanças esvaiam-se. Uma heroína. Percebi em poucos meses distante dela, o quanto ela me faz falta e o quanto preciso dela.
E saber que durante todos esses anos, tive vergonha de olhar nos olhos da minha mãe e dizer: eu te amo. Senti-me um completo idiota pela vez que não permiti que ela fosse a uma festa comigo, porque achava aquilo um absurdo, algo cafona. Onde já se viu uma mãe no meio da galera, pensei. Cresci, aprendi, e vi o mesmo se repetir. E o amor de todas outras mães? Intacto. Inabalável. Amor de mãe. Daquele que não tem igual.

As vésperas de mais um dia das mães, conto os dias para abraçá-la e dizer-lhe o quanto a amo. Por que na vida, não se pode deixar para depois, ou para os amanhãs o que se pode fazer ou dizer hoje. Ame de todo coração. A sua e as demais mães desse mundo. Mãe é mãe, já diz o ditado. Pra toda vida, pra sempre. Para te proteger, te ouvir, te aconselhar, e claro, te amar. Obrigado mãe.

9 de mar. de 2009

O tal egoísmo


Sou defensor da tese do ser humano ser egoísta. Em doses extremadas, diga-se. Sem exceção. A culpa possivelmente é da história e não da natureza. As escrituras sagradas confirmam que quando da criação éramos puros e perfeitos. Rogo aos episódios subsequentes e cravados no seio dos séculos a lapidação daquilo que nos tornamos. Seres egoístas que na maioria das vezes nem se dão conta disso.

O medo nos faz assim. A insegurança de ir e vir e ter certeza que nossos bens continuam intocáveis. A cada dia, o homem demonstra similaridades com os instintos naturais dos animais irracionais: sobrevivência, defesa do território e claro, defesa da prole. A questão é que tais prerrogativas se tornaram mais evidentes com o desenrolar dos anos e os efeitos do processo histórico nas sociedades modernas.

Porém, esse processo todo só se fez possível com a direta participação do ser humano. Em suma: somos reflexo daquilo que nós mesmos construímos ao longo dos séculos. Uma versão simplificada da velha máxima do que se planta colhe. Ou seja, estamos colhendo os frutos plantados pelas gerações passadas. O egoísmo é uma conseqüência - não precisa de aceitação – mas está fincado no íntimo de cada homem e mulher deste planeta.

O sociólogo alemão Max Weber estudava o ser humano de forma individual. Seu objetivo era compreender o sentido que cada ator dá a sua conduta. Para ele antes da coletividade havia o uno, o individual, o que pertence a um único ser. Novamente o processo histórico: a concepção daquilo que somos está diretamente ligada a bagagem cultural que carregamos desde o nascimento e que acaba por contribuir na nossa conduta. Ponto.

Weber dizia: “O conhecimento é uma conquista que nunca chega ao fim”. Feitos de exclusividade individual. O conhecimento pode ser gerado para o todo, mas somente aqueles que tiverem interesse e vontade em aprender é que o terão. Fragmentado é verdade, mas ainda assim o terão. Porém o conhecimento não é sinal de superioridade. Ninguém é melhor que o outro por ter mais conhecimento. Entretanto, se considerar melhor que o outro por ter alguma coisa – ou não, a bem da verdade não é preciso ter nada para se considerar superior, ou melhor, que outra pessoa – se tornou algo natural e comum.

O pior é que não existe tempo para se perceber esse fenômeno. A vida nos dias de hoje nada mais é que uma superação de obstáculos. Pensar é verbo não conjugado. O ser humano ama tanto a si mesmo que só tem olhos e tempo para seu próprio umbigo. A proporção de direitos parece muito maior que a de deveres. O poder consome. Mutila a essência. Hitler é um exemplo de egoísmo. Fez dos seus interesses particulares, motivação para dizimar milhares de pessoas. A tal raça superior que sustentava não passava de uma justificativa para a barbárie que cometia.

Todavia, não é preciso ser um ditador para ser egoísta. Esta nas entrelinhas. Invisível. A fábula dos três mosqueteiros não passa de entretenimento. Seu jargão uma utopia. “Um por todos e todos por um”. Mentira. Balela. Uma tentativa frustrada de infiltrar uma mensagem no subconsciente das pessoas. Nem mesmo os livretos de auto-ajuda têm esse poder. São tão profícuos quanto às mensagens em power point de vida curta. O tal egoísmo do ser humano é imune. Não é preciso que se perceba, ou mesmo que se concorde. Tão pouco será preciso uma segunda lida neste artigo. Como disse: o tal egoísmo é imune.

---
Artigo publicado para a coluna "Ponto de Vista" do Jornal Classe A de Luis Eduardo Magalhães/BA, Edição nº126 de 07 de março.

Acabou-se a surpresa

Foto: Fafá Sanches/VC no G1
A internet matou a surpresa dos shows e espetáculos. Não existe mais isso. O esperar angustiado pelo dia do show do artista preferido, a expectativa em saber que canções serão tocadas. Acabou-se. Esvaiu-se. Basta o último acorde do primeiro show de uma nova turnê, seja ele feito em alguma cidade do leste europeu ou no meio do Canadá. Então, tudo se sabe de cor e salteado, de trás pra frente, de frente pra trás.

Não obstante, em fração de segundos vídeos são postados na grande rede, ficando a exposição direta do todo e qualquer cidadão do planeta. A cada novo show de uma turnê, a mesmíssima lista de músicas, os mesmíssimos discursos entre uma canção e outra, e o também mesmíssimo figurino dos artistas. Surpresa que é bom, nada.

Assisti-se ao show porventura tocado em terra brasilis muito antes de ele acontecer. Sem nenhuma ressalva. E por preços absurdos. Não se podem culpar os artistas. O mundo é positivista. É o trabalho que está em jogo e não a satisfação dos fãs em ver algo diferente do que foi visto pelos australianos um mês antes.

Infelizmente, acabou-se a surpresa. Salvo, o show ser o primeiro de uma turnê.

3 de mar. de 2009

Sossego involuntário

Foto: Portal Overmundo


Domingo e sossego são quase siameses. Inseparáveis. Sossego lembra o síndico deste país, Tim Maia. E o domingo, parafraseando-se sorrateiramente, outro sujeito revolucionário da música brasileira, lembra “missa, praia e céu de anil”. Ou ao menos, deveria lembrar. No caso de Luis Eduardo (Magalhaes, cidade do oeste baiano, localizada a 900km de Salvador e 560km de Brasília), o que falta é praia, de resto tem de tudo. Literalmente. De domingo a domingo.
O ponto chave é o quanto o ser humano é sossegado. Principalmente, no que se refere a mudanças de comportamento e conduta. Quando se acostuma com a forma como a sociedade se engendra, parece haver um consenso coletivo em não se aceitar outro meio. Ao menos de imediato. Uma teimosia injustificável toma conta do âmago desse ser e não há nada que o faça não reclamar. O velho sermão do ser do contra e ponto final.


E a não ser que uma hecatombe lhe ceife todas as energias, mudar é tarefa sempre para o dia de amanhã. Em 6 de agosto de 1945, a cidade de Hiroshima foi devastada com a bomba atômica. Milhares de pessoas morreram e outras milhares tiveram de recomeçar do nada. Muitos deles mutilados física, espiritual e emocionalmente. Embora não houvesse uma necessidade coletiva deflagrada que sugerisse uma mudança, o episódio fatídico daquela manhã exigiu que se mudasse. E eles fizeram.
Ano passado, Santa Catarina foi assolada por uma constante de chuvas que desabrigou centenas de pessoas e tirou a vida de outras tantas. O país se mobilizou em prol de angariar condições mínimas para que os sobreviventes pudessem recomeçar. Mesmo com o coração e a auto-estima devastada, recomeçaram, ou, na pior das hipóteses estão a tentar.
A tragédia tem por característica impor mudanças. Mesmo que a contra gosto. A política também. A cada nova eleição, novas ideias, regras e pessoas ganham o direito de conduzir o destino de outros. Diz-se que amparados, pelo conceito ou direito à democracia. Exclui-se desse hall as várias ditaduras impostas goela abaixo de cidadãos deste e de outros paises. A esses a democracia não se aplica. Entretanto, mesmo em regimes totalitários a necessidade de mudança de atitude e conduta é necessária, e por vezes, onerosa.
Regimes totalitários viraram espectros em livros de história ou nas mensagens que chegam de além mar, por intermédio, de televisão, jornal e internet. E a vontade única é manter tais aberrações bem longe. É mais cômodo não discorrer sobre a ínfima possibilidade da volta de uma ditadura no país. O mesmo pode se dizer sobre as mazelas sociais que assombram as periferias de todas – sem exceção – cidades deste país e que conseguem com esforço fazer parte do noticiário local.
A propósito, estas mazelas fazem parte do sossego coletivo e na maioria das vezes involuntário do ser humano. Sabe-se o que acontece a volta, mas não se move um centímetro dos glúteos para que aconteça uma mudança significativa. Porque é mais fácil fechar os olhos ante o que está errado, que mobilizar uma contenda que exija mudanças e mais trabalho por parte de quem governa. Caso, do se fizer tudo bem, se não, tudo bem também.
Dias atrás, um votante da oposição em Luis Eduardo, disse estar empolgado com a nova gestão. Surpreendi-me. Sinal que as ações até o momento propostas pelo novo prefeito objetivam mudar a feição da cidade e estão surtindo efeito junto à população. Das duas uma: ou o sossego involuntário vai pras cucuias e os atrasos evidentes vistos cá na capital do agronegócio são solucionados, ou, o mesmo sossego involuntário torna-se regra não só das manhãs de domingo, mas também, de outros dias de semana.
E ai, só uma hecatombe. Só uma hecatombe.
---
Artigo publicado para a coluna "Ponto de Vista" do Jornal Classe A de Luis Eduardo Magalhães/BA, Edição nº125 de 28 de fevereiro.