12 de fev. de 2009

O sentido da vida

Não posso negar: às vezes sou um cara por demais pretensioso. Claro, ora pois, é petulante discorrer sobre o sentido da vida, ou, no mínimo, um devaneio divagar acerca de tema tão complexo. Todavia, existem questionamentos que insistem em atormentar meus dias: Porque cargas d’água afinal somos o que somos? E qual a razão de sermos e fazermos parte de um enorme mecanismo funcional e indubitavelmente coletivo?

Confesso que não sei. Já pensei tanto sobre que a conclusão mais sensata foi atestar minha total ignorância para com o tema. Não sei e não me envergonho por isso. Também não me abstenho de um dia, quem sabe, ser acometido por uma revelação mediúnica que abrirá diante dos meus olhos o livro das revelações do sentido da existência humana na Terra. Ufa.Importa dizer que hoje não sei qual é o sentido da vida. Ao menos da minha.

Os apressados podem usar de todo e qualquer argumento tido como lógico para contestar o que escrevi nos dois primeiros parágrafos. Religião, amor, família, sexo e blá, blá, blá. Ora, essas são as que me vem à mente agora, muito embora todos tenham relação entre si e sejam passíveis de discussão. Todos. Baseio-me na singularidade de cada individuo e na pobreza natural em se afirmar que existe um único sentido para a vida seja ele baseado em que e motivado por quem.

Viver é uma experiência única para cada ser humano, sendo assim impossível eleger uma única razão para regrar a todos. Deveras simples: o que faz sentido para um pode não fazer para outro e vice-versa. Uma das razões que me faz pensar desta forma é a ruptura de valores – simbólicos ou não – do se “viver” em sociedade nos dias atuais. Somos fruto de um processo histórico irreparável, sendo a única solução para a manutenção da vida, adaptar-se para bem ou para mal as mais truculentas situações as quais somos submetidos.

É isso que fazemos e isso que continuaremos a fazer. Recomeçar e recomeçar. Pois os ciclos da vida sempre se fecham e quando acontece é preciso uma ruptura para que um novo tenha início. Não existe perfeição e é uma imprudência perseguir esse status. A vida é individual e não coletiva, embora sejamos forçados e obrigados a interagir com o todo para não cairmos em desuso.

Pouco importa o número de argumentos contrários aos descritos nesse texto. Insisto em afirmar que não há um sentido definido para a vida, somente, um conluio de tentativas para fazer com o que o ser humano acredite que possa encontrar sentido toda manhã quando precisa acordar para laborar ou a noite quando se deita para descansar. Talvez mais grosseiro que a infeliz rima da frase anterior, seja acreditar que futebol, política e religião são ciências exatas.

Aprender-se-á: para a trinca acima e para o tal sentido da vida dois e dois nunca serão quatro.

2 comentários:

Bruna de Cássia Alves Carmo disse...

Palavras bonitas e fico tendo em minha mente essas mesmas indagações, e faço lá minhas conclusões...

abçs,
prazer!

AzimutE disse...

"A resposta meu amigo
está soprando no vento" (Bob Dylan)

sds,

SiVALdo Reis