Tenho trauma de professores de matemática. Nos tempos do segundo grau tive um que andava para todo canto com um enorme objeto de madeira para desenhar todas as figuras matemáticas possíveis e imagináveis. Se um transferidor ou escalímetro ou esquadro ou a junção dos três. Não sei. Mas que andava com o bichinho a tira colo, isso andava. E sempre tinha um giz a mão. Se bobear começava a riscar o chão e explicar, em tom entusiasta, que bissetriz é a semi-reta que divide o ângulo em duas partes iguais.
Nunca foi má pessoa. Era um maluco por números. Somente isso. Os olhos dele dando explicações diante da turma brilhavam. Em dias de prova, ele parecia gozar da cara dos seus atabalhoados alunos. Ah é, hoje tem prova, tinha me esquecido, dizia. Em instantes, o quadro negro se transformava num conluio de triângulos, retângulos, fórmulas e questões aparentemente impossíveis de resolução. Menos pra ele e para alguns poucos que simpatizavam um tiquinho mais com catetos, hipotenusas e coisas do tipo.
Depois dele, peguei receio de professores de matemática. Falar em equações do meu lado causava calafrios. A propósito, ainda causa. Contas são tediosas. Tenho uma amiga que faz contas em todo canto e onde quer que estejamos. Logo aparece dizendo de lápis e papel em punho: é x pra você, y pra tu, e w pra mim. Meu Deus, o choppinho gelado e cremoso se transforma numa equação chatíssima.
Por essas e outras, matemáticos são sujeitos estranhos. Um homem quando perde a namorada também. Passa por momentos vegetativos, como se fosse à vítima mais indefesa. Inconformado com a perda do valioso troféu, é capaz das atitudes mais bizarras. Uns, entretanto, conseguem se superar e protagonizam atos risíveis como esse do seqüestro de Santo André. Um mix de estranheza e egoísmo.
Entretanto, um gênio da matemática nunca se gabaria pelo conhecimento que tem a ponto de se considerar um deus dourado. Não são pessoas egoístas. Jamais. Estudaram mais. Preferiram se especializar em números e não em palavras. O rejeitado pelo amor de sua vida, pelo contrário, demonstra o quanto um ser humano pode se tornar insignificante num piscar de olhos. Cometer as maiores barbáries. Atos injustificáveis, apelativos. Coisa de sujeitinho baixo, rasteiro, estranho.
Nunca foi má pessoa. Era um maluco por números. Somente isso. Os olhos dele dando explicações diante da turma brilhavam. Em dias de prova, ele parecia gozar da cara dos seus atabalhoados alunos. Ah é, hoje tem prova, tinha me esquecido, dizia. Em instantes, o quadro negro se transformava num conluio de triângulos, retângulos, fórmulas e questões aparentemente impossíveis de resolução. Menos pra ele e para alguns poucos que simpatizavam um tiquinho mais com catetos, hipotenusas e coisas do tipo.
Depois dele, peguei receio de professores de matemática. Falar em equações do meu lado causava calafrios. A propósito, ainda causa. Contas são tediosas. Tenho uma amiga que faz contas em todo canto e onde quer que estejamos. Logo aparece dizendo de lápis e papel em punho: é x pra você, y pra tu, e w pra mim. Meu Deus, o choppinho gelado e cremoso se transforma numa equação chatíssima.
Por essas e outras, matemáticos são sujeitos estranhos. Um homem quando perde a namorada também. Passa por momentos vegetativos, como se fosse à vítima mais indefesa. Inconformado com a perda do valioso troféu, é capaz das atitudes mais bizarras. Uns, entretanto, conseguem se superar e protagonizam atos risíveis como esse do seqüestro de Santo André. Um mix de estranheza e egoísmo.
Entretanto, um gênio da matemática nunca se gabaria pelo conhecimento que tem a ponto de se considerar um deus dourado. Não são pessoas egoístas. Jamais. Estudaram mais. Preferiram se especializar em números e não em palavras. O rejeitado pelo amor de sua vida, pelo contrário, demonstra o quanto um ser humano pode se tornar insignificante num piscar de olhos. Cometer as maiores barbáries. Atos injustificáveis, apelativos. Coisa de sujeitinho baixo, rasteiro, estranho.
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