13 de jul. de 2009

Alguém e seus teclados


Bater numa mesma tecla mais de uma vez, pode em dada circunstância ser ou soar natural. Entretanto, quando a ação se torna repetitiva, vira um tormento. Pior que pseudo tecladistas compondo melodias paupérrimas e vendendo sob a tutela de música. Alguém e seus teclados e por ai vai.

A tecla referida é a leitura. Já escrevi sobre isso. Várias vezes. Admito aos quatro ventos que leio pouco, e ainda assim, vejo que a minha volta o grau de leitura é muito menor. Ninguém lê. Ou na pior das hipóteses poucos leem. A prática da leitura é um exercício saudável, e com a vantagem de não precisar de orientação, como quando se quer praticar exercícios em academia de ginástica. Praxe e todos sabem, é uma regra natural, não precisa de decoreba.

Fácil. Apenas se lê: jornais, revistas, livros, bulas de remédio, folhetos de supermercado. Simples. Cheguei à conclusão, que muitas pessoas assinam certas revistas não por serem leitoras de tal destas publicações, mas por status. A assinatura de Veja, por exemplo, em muitos casos é pra fazer banca. Ela é folheada e folheada por um, dois, dezenas de pessoas. Mas ninguém as lê. O mesmo acontece com outras revistas.

A razão: tempo. As pessoas consideram mais importante aproveitar o tempo fazendo outras coisas ou simplesmente permanecer com a bunda aterrada no sofá vegetando que lendo alguma coisa útil, não necessariamente Veja, uma vez existir publicações melhores no mercado e nas bancas. Dia desses entrevistei um professor de educação física. Ele me disse que o tempo é também inimigo da prática de exercícios. No entanto, ninguém percebe que fazer exercícios e ler pode evitar transtornos futuros. Saúde física e mental, entende?

Não? Deve ser fã de Alguém e seus teclados. Só pode.

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