22 de ago. de 2008

A vez dos digitalmente manipulados



Não consigo ver autenticidade nesta eleição. Pela primeira vez sinto-me enganado da forma mais primária possível. Está na cara de cada um dos pleiteantes a cargos públicos país a fora. No rosto estampado em seus folhetos. Uma farsa capaz de fazer a Barbie morrer de inveja.

Passei a observar com mais cuidado os irritantes folhetos depois de receber a visita de uma candidata. Tratei-a com lisura, ouvindo-a atentamente. Respeito acima de tudo, este, o meu lema. Mas quando vi o folheto de sua campanha, dei de ombros. Relutei em olhar uma segunda e terceira vez para o rosto a minha frente. Não podia ser a mesma pessoa. Definitivamente não podia.

Conclui que estamos sendo enganados. Inexistem sinais da vida naquele e em todos outros papelotes de campanha espalhados por aí. A única lembrança que tive e tenho sempre que me deparo com esses inúteis “santinhos” são desenhos animados. Computação gráfica, e essas parafernálias todas que pariram Shrek e Fiona.

Resultado: votar se tornou perigoso. Afinal, não temos mais garantias sobre a veracidade de nada. Muito menos da cara – de pau – desses eleitoráveis.

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