A versão online do jornal O Estado de São Paulo publicou em seu twitter no início da tarde de quinta-feira, 22 de julho, link com a notícia de que o treinador do São Paulo Futebol Clube, Ricardo Gomes, teria sido demitido.
A informação, na página do jornal na web resumia-se a uma linha de texto e nada mais. Minutos depois, também via twitter, nova mensagem foi postada. Desta vez, direcionando o seguidor do perfil do jornal na rede de microblogging para uma enquête postada no perfil do jornal em outra rede de relacionamentos na internet, o Facebook.
Nela, perguntava-se a opinião do “pseudo” leitor/seguidor do Estadão a respeito da demissão do treinador. A falha foi corrigida rapidamente no twitter e no site do jornal, tratando o caso como uma ERRATA. No texto, publicado na página do veículo na internet, a tentativa de justificar a gafe.
“O Estado teve a informação, por meio de uma fonte, de que o técnico teria sido demitido nesta quinta, e noticiou no site. Entretanto, a reportagem não conseguiu confirmar com outras fontes”.
A justificativa utilizada por O Estado de São Paulo comprova que o jornal se precipitou em noticiar uma informação checada de forma rala. Pesou a máxima da instantaneidade do jornalismo praticado na internet e a corrida para dar o furo em primeiro lugar. O erro, tácito e comprovadamente real, nasceu com cara de case para estudo em aulas de webjornalismo, o que pode (ria) com algum esforço render discussões acaloradas sobre as questões éticas envolvidas no caso.
No entanto, o que causa estranheza é o fato de um grande veículo publicar de forma oficial que “a reportagem não conseguiu confirmar com outras fontes”. Como assim? O que está em jogo: a divulgação da informação doa a quem doer mesmo sob risco de estar incompleta ou errada (como aconteceu), ou o interesse público e a publicação de notícias condizentes com os princípios crassos que regem a profissão?
E ai?
Um comentário:
Notícia plantada, pra analisar a reação do público; mau jornalismo, o que é o mais provável...
Furo é algo que não é o mote de quem lida com jornalismo na internet. É algo muito complicado conseguir, o melhor a fazer é publicar, mesmo que depois, mas com qualidade e informação.
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