São três os assuntos para os quais, dizem: não haver consenso: política, futebol e religião. Debater esses temas, de acordo com esta linha de entendimento, é, portanto, jamais encontrar um denominador comum. Nunca. Em hipótese alguma. Não adianta insistir.
Política, futebol e religião são temas subjetivos. Todos têm – ou acham ter – uma opinião formada sobre eles e, por mais absurdo que pareça, são capazes de defender seus posicionamentos a ferro e fogo.
Um militante de esquerda, por exemplo, vai votar no partido e nos candidatos que defendem esta ideologia, mesmo que este partido ou bandeira após oito anos no poder tenha demonstrado um perfil muito menos radical do que aquele que o fez iniciar a militância. Dialogar, num caso como este, é como tentar convencer alguém que o céu não é azul, mas, sim vermelho.
Talvez pior, seja fazer com que um debate entre um torcedor xiita do Grêmio e outro do Internacional tenha um vencedor. Por mais que existam argumentos que possam qualificar um perante o outro, nunca haverá consenso. Para os gremistas o tricolor continuará imortal e para os colorados o Inter, gigante, multi-campeão e por isso superior. O mesmo pode ser aplicado para o caso de um debate entre torcedores de Palmeiras e Corinthians ou Vasco e Flamengo. Haverá argumentos para engrandecerem tanto um lado como outro, consenso, porém, jamais.
Em se tratando de assuntos ligados ao divino também. Imagine um católico convicto, um pastor evangélico, um espírita e um adepto do candomblé tentando convencer um ao outro que sua teoria é a correta. Impossível. Ainda que os quatro empreendam um debate pela eternidade afora, nunca vão conseguir tornar um assunto tão complexo em unanimidade.
Política, Futebol e Religião além da falta de consenso, padecem de outro mal. O discurso de seus protagonistas é sempre o mesmo. Os candidatos a presidência da república participaram de vários debates, sempre com os mesmos discursos de sempre. As mesmas frases de efeito e as mesmas tentativas de convencimento furadas. Jogadores de futebol, falam a mesma coisa sempre que terminam uma partida e fanáticos religiosos dizem sempre a mesma coisa para convencer os fraquejados de espírito.
Três temas que, no fim das contas, caem sempre na mesmice e só enganam os bobos.
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