E aí, acredita em mim? |
Nem sempre bater pé em relação ao que se pensa sobre determinado assunto é o melhor a fazer. As pessoas costumam não entender ou assimilar pontos de vista demasiado radicais. A opinião, por incrível que possa parecer, precisa seguir a lógica do momento. Escapulir a regra é perigoso. Quem o fizer corre um sério risco de ficar taxado de chato, anti-social, rabugento ou intelectualóide.
Não queira, por exemplo, defender uma tese sobre os prazeres da vida vegetariana em uma churrascaria lotada de carnívoros e entusiastas de carne mal passada. O mesmo vale para o contrário, ou, para uma tentativa de evangelização numa mesa de bar, uma citação de Focault numa conversa sobre violência com o pai ou mãe de um adolescente preso por tentativa de assalto, ou ainda, para defender que gnomos existem e South Park é o melhor programa de televisão já feito. Desista.
Na grande maioria das vezes manter uma opinião não significa estar correto. De nenhum dos lados de um debate ou discussão. É tudo uma questão de ser seletivo. Pessoas inteligentes sabem respeitar diferentes pontos de vista e conseguem manter um diálogo mínimo e razoável, sem que seja necessário sair nos tabefes ou escorregar para xingamentos de baixo calão. Os demais, estes sim, descambam para um mais do mesmo tão resistente quanto casca de ovo. Não estão errados, mas a depender da situação é melhor não gastar saliva. A opção é livre, cada um segue pelo caminho que achar melhor. Eis o ser seletivo, citado ali em cima.
Se existe algo que aprendi desde cedo é tirar sempre o melhor proveito das experiências que temos ao longo de nossa vida. Isso vale na formação de opinião também. Se algo não te acrescenta positivamente, ao menos, te fará aprender que determinado lugar não merece uma segunda visita, que uma pessoa, no máximo, será merecedora de um cumprimento educado, e assim por diante. Não importa, por exemplo, se o mundo vive um momento de idiotização, a juventude ouve músicas que mal conseguem rimas para “balada” e “galera” e as meninas não usam mais que cinco centímetros de pano como vestido e bebem o dobro do que você bebia quando tinha 16 anos.
Se pensas assim, o que te resta é respeitar, mesmo que veladamente. Você não é obrigado a concordar com isso, da mesma forma que não é obrigado a assistir novela. Meu caso. De nada vai adiantar tentar me convencer que esse produto televisivo vale a pena ser assistido. Não é. Minha opinião. Ponto. Também não sairei por ai fazendo citações de Focault ou defendendo South Park. Posso até não concordar com o sistema político brasileiro e com essa imbecilidade de voto obrigatório. Democracia não é exigir que todos façam um título de eleitor e votem sempre da realização de um novo pleito eleitoral. Aliás, isso é tão estúpido quanto se valer de argumentos esdrúxulos como “depois não vá reclamar”, ou “faça valer sua cidadania”.
Ora, se não houvesse obrigação para o voto, em tese, iriam às urnas aqueles que de fato querem fazer valer essa dita cidadania e acreditam que o ato de votar, por si, contribui para o futuro de sua cidade, estado ou país. O ponto é que o sistema político praticado nestes confins verde e amarelo depende, para bem ou para mal, que todo cidadão acima dos 18 anos vá até seu colégio eleitoral e escolha entre A ou B. Os partidos políticos são dependentes desse sistema. Só existe brecha para se criar um novo partido por não haver um pingo de consenso e razoabilidade no modus operandi eleitoral brasileiro. A falta de respeito vem de cima e o povo que, por razões óbvias, odeia política é taxado como eleitor e visto deste modo. Daí lhe cospem na cara os tais: “depois não vá reclamar”, “não jogue seu direito no lixo”, “faça valer sua cidadania”. A mudança de pensamento e postura da população em relação à política só se dará com educação e isso, não parece, nem de longe, ser prioridade de qualquer que seja o governo.
Em tempo, podem começar a me chamar de chato, anti-social, rabugento ou intelectualóide. Eu odeio novelas, não acredito em gnomos, sou fã de South Park e reitero minha opinião absolutamente contrária ao voto obrigatório.
Não queira, por exemplo, defender uma tese sobre os prazeres da vida vegetariana em uma churrascaria lotada de carnívoros e entusiastas de carne mal passada. O mesmo vale para o contrário, ou, para uma tentativa de evangelização numa mesa de bar, uma citação de Focault numa conversa sobre violência com o pai ou mãe de um adolescente preso por tentativa de assalto, ou ainda, para defender que gnomos existem e South Park é o melhor programa de televisão já feito. Desista.
Na grande maioria das vezes manter uma opinião não significa estar correto. De nenhum dos lados de um debate ou discussão. É tudo uma questão de ser seletivo. Pessoas inteligentes sabem respeitar diferentes pontos de vista e conseguem manter um diálogo mínimo e razoável, sem que seja necessário sair nos tabefes ou escorregar para xingamentos de baixo calão. Os demais, estes sim, descambam para um mais do mesmo tão resistente quanto casca de ovo. Não estão errados, mas a depender da situação é melhor não gastar saliva. A opção é livre, cada um segue pelo caminho que achar melhor. Eis o ser seletivo, citado ali em cima.
Se existe algo que aprendi desde cedo é tirar sempre o melhor proveito das experiências que temos ao longo de nossa vida. Isso vale na formação de opinião também. Se algo não te acrescenta positivamente, ao menos, te fará aprender que determinado lugar não merece uma segunda visita, que uma pessoa, no máximo, será merecedora de um cumprimento educado, e assim por diante. Não importa, por exemplo, se o mundo vive um momento de idiotização, a juventude ouve músicas que mal conseguem rimas para “balada” e “galera” e as meninas não usam mais que cinco centímetros de pano como vestido e bebem o dobro do que você bebia quando tinha 16 anos.
"Fudeu geral cara" |
Ora, se não houvesse obrigação para o voto, em tese, iriam às urnas aqueles que de fato querem fazer valer essa dita cidadania e acreditam que o ato de votar, por si, contribui para o futuro de sua cidade, estado ou país. O ponto é que o sistema político praticado nestes confins verde e amarelo depende, para bem ou para mal, que todo cidadão acima dos 18 anos vá até seu colégio eleitoral e escolha entre A ou B. Os partidos políticos são dependentes desse sistema. Só existe brecha para se criar um novo partido por não haver um pingo de consenso e razoabilidade no modus operandi eleitoral brasileiro. A falta de respeito vem de cima e o povo que, por razões óbvias, odeia política é taxado como eleitor e visto deste modo. Daí lhe cospem na cara os tais: “depois não vá reclamar”, “não jogue seu direito no lixo”, “faça valer sua cidadania”. A mudança de pensamento e postura da população em relação à política só se dará com educação e isso, não parece, nem de longe, ser prioridade de qualquer que seja o governo.
Em tempo, podem começar a me chamar de chato, anti-social, rabugento ou intelectualóide. Eu odeio novelas, não acredito em gnomos, sou fã de South Park e reitero minha opinião absolutamente contrária ao voto obrigatório.